SANTO DIAS: PRESENÇA NA CAMINHADA DOS/AS TRABALHADORES/AS

Dia 30 de outubro de 2008, completaram 29 anos da morte de Santo Dias. Militante das CEBs, da Pastoral Operária, da Oposição Sindical Metalúrgica de São Paulo, Santo foi e continua sendo uma referência importante para milhares de pessoas que acreditam em uma sociedade solidária e humana. Ainda mais em tempos de refluxo da militância, Santo é um exemplo por sua perseverança e acima de tudo pela pedagogia do exemplo, do trabalho de base. Coerente, sensível e comprometido com o mundo dos trabalhadores e trabalhadoras, é dessa forma que Santo era visto por seus/as companheiros/as.

Santo Dias nasceu em 22 de fevereiro de 1942, em São Paulo, filho de Jesus Dias da Silva e Laura Amâncio. Operário metalúrgico, era motorista de empilhadeira da Metal Leve S/A. Antes havia sido lavrador, colono, diarista e bóia-fria. Em 1961, foi expulso, com a família, das terras onde era colono, por exigir registro de carteira profissional, como era lei. Trabalhador em fábrica, foi demitido por participar de campanhas coletivas por aumento de salário e adicional de horas extras.

Líder operário, bastante reconhecido no meio dos trabalhadores/as, era casado e pai de dois filhos. Após sua covarde morte, como homenagem de sua luta e seu exemplo, foi criado o Centro Santo Dias de Direitos Humanos da Arquidiocese de São Paulo.

Santo Dias era membro da pastoral operária de São Paulo, representante leigo ante a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, membro do Movimento Contra a Carestia, candidato a vice-presidente da chapa 3, da Oposição no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e integrante do Comitê Brasileiro pela Anistia - CBA/SP. Assassinado friamente pela PM paulista quando comandava um piquete de greve no dia 30 de outubro de 1979, em frente a fabrica Silvânia, em Santo Amaro, bairro da região sul.


Fonte: Site do 12º Intereclesial das CEBs – www.cebs12.org.br

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