Relatório faz balanço sobre direitos humanos no Brasil

Resultado do trabalho de pesquisa de 26 organizações ligadas à defesa dos direitos humanos, o Relatório Direitos Humanos no Brasil 2009 é organizado pela Rede Social de Justiça e Direitos Humanos e traz um panorama sobre as violações de direitos humanos no Brasil na última década. O lançamento acontece no dia 9/12, a partir das 18h, no Sesc Avenida Paulista, em São Paulo, com uma homenagem às 117 entidades que têm contribuído com esse trabalho ao longo dos últimos 10 anos.

Estão confirmadas as participações de dom Tomás Balduíno, da Comissão Pastoral da Terra, João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, João Xerri, do Grupo Solidário São Domingos, as atrizes Letícia Sabatella e Dira Paes, do Movimento Humanos Direitos, Carlita da Costa, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cosmópolis, e Josilene Brandão, da Coordenação Nacional das Associações Quilombolas.

O primeiro capítulo, intitulado "Direitos Humanos no Meio Rural, contém dados sobre a violência no campo e um balanço sobre a política agrária no Governo Lula. Também trata do agronegócio e sua ligação com a violação dos direitos humanos, além de trazer uma análise sobre o trabalho escravo no país, a situação dos atingidos por barragens, das comunidades quuilombolas no Brasil, as violências contra os povos indígenas, entre outras informações.

A segunda parte tem como tema "Direitos Humanos no Meio Urbano". Os textos abordam problemas como a segurança pública e a violência no estado do Rio de Janeiro, uma análise sobre os últimos 10 anos do sistema prisional no Brasil, as violações contra crianças e adolescentes, e dados sobre moradia no país.

O relatório enfoca, em seu terceiro capítulo, dados sobre o direito à educação e o direito ao trabalho; a desigualdade social; a dimensão da mortalidade materna no Brasil; e a situação da saúde nesse período.

As políticas internacionais e os direitos humanos são os destaques do último capítulo do Relatório Direitos Humanos no Brasil 2009. Estão ali análises sobre o clima; sobre migração; uma análise acerca do conceito de pobreza difundido pelo Banco Mundial; e sobre a militarização na América Latina. Com prefácio da Subprocuradora-Geral da República, Ela Wiecko, fotos de João Ripper, e organizada pelas jornalistas Evanize Sydow e Maria Luisa Mendonça, a obra é publicada em português e inglês, e composta por artigos de Ana Esther Ceceña, Antonio Canuto, Ariovaldo Umbelino de Oliveira, Beatriz Galli, Clemente Ganz Lúcio, Felipe Rangel de Souza Machado, Francisco Adjacy, Guilherme C. Delgado, Humberto Miranda, Jailson de Souza e Silva, José de Jesus Filho, José Juliano de Carvalho Filho, Kenarik Boujikian Felippe, Luiz Bassegio e Luciane Udovic, Luis Fernando Novoa Garzon, Maria Helena Zamora, Maria Luisa Mendonça, Mariana Fix, Mariângela Graciano, Mônica Dias Martins, Patrícia Lino Costa, Pedro Fiori Arantes, Ricardo Resende Figueira, Roberto Malvezzi, Rogério Tomaz Jr, Rosane Lacerda, Sandro Silva, Sérgio Dialetachi, Sérgio Haddad.

As informações são da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos

Fonte: www.mst.org.br

Olhar demais para o céu – Pe. Zezinho, scj

Vez por outra encontro sacerdotes ou leigos que dizem que preferem falar do espiritual e que deixam para os outros isso de falar dos problemas pessoais. Como se fosse correto! Nenhum pregador está dispensado de falar contra a tortura, contra o roubo e a corrupção, contra as drogas, contra os assassinatos, contra a exploração dos pobres, contra a injustiça e a escravidão.

Quem nunca entra nesses assuntos, errou de vocação. É como querer levar o chantili sem levar o bolo; ou como pregar apenas a ressurreição sem falar de cruz e de morte. Nenhum cristão está dispensado de falar sobre a dor do povo e as injustiças do nosso tempo. Até porque, falar em favor do povo não é apenas atitude política: é dever de religioso. Quando Ester defendeu seu povo, estava fazendo política. Quando Moisés orou por seu povo fez muito bem. Quando brigou por seu povo, fez muito bem. Mas quando, irado, mandou matar três mil idólatras, fez muito mal. Nisso, ele errou, porque Deus não manda matar ninguém.

O perigo de olhar muito para o céu é que a pessoa corre o risco de ficar cega. Luz, na posição certa, ilumina. Nos olhos, cega! O problema do fanático é bem esse. Acha-se tão iluminado que acaba cego. Os evangelistas dizem que Jesus olhava para o céu de vez em quando ao orar (Mt 14,19; Lc 9,16). Os Atos dos Apóstolos narram que, enquanto os discípulos olhavam para o céu, procurando Jesus, que para lá subira, dois homens de branco,ao lado deles, disseram que não deviam mais procurar Jesus lá em cima e, sim, aqui em baixo, porque um dia ele voltaria (At 1,11). E é bem por isso que muitos de nós religiosos vemos com respeito a teologia da libertação, que consiste em olhar para o irmão ao lado e convidá-lo a trazer um pouco do Céu para a Terra.

Se a Bíblia nos manda olhar menos para o céu, deve ser porque ficar o tempo todo olhando para o céu, além de causar torcicolo é não entender a fé cristã... Se Jesus fazia as duas coisas, devemos fazer o mesmo: orar para o alto em sinal de respeito para com Deus, que é muito maior do que nós, e para o lado, em sinal de respeito para com o Zé da Silva e a Maria das Dores, que precisam de nossos cuidados...


www.padrezezinhoscj.com
Comentários para: online@paulinas.com.br
Referência: Orar costuma fazer bem - Pe. Zezinho e Cantores de Deus (90 min.).

Comemoração do Aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos e do Centro de Direitos Humanos Dom Oscar Romero

10 a 12/12/2009 – Tibiri II – Santa Rita – PB

-PROGRAMAÇÃO:

*1º MOMENTO: PRAÇA DA CIDADANIA
Quinta-feira, 10 de dezembro de 2009 - das 15h00 às 20h00
Na Praça de Tibiri II (do chafariz);
Uma série de atividades envolvendo crianças, jovens e adultos – músicas, brincadeiras, apresentações e falações – sobre os direitos que o povo tem e que lhe são constantemente negados.

*2º MOMENTO: CAMINHADA ECUMÊNICA DA CIDADANIA
Sexta-feira, 11 de dezembro de 2009 – a partir das 17h00
Na praça de Tibiri II (do chafariz)
Um momento dinâmico de espiritualidade, com a participação de pessoas de diversas religiões, para refletir sobre as violações do direito à vida, à segurança, à dignidade, à educação e à felicidade da população do município.

3º MOMENTO: 1ª EDIÇÃO DO PRÊMIO DE DIREITOS HUMANOS DE SANTA RITA
Sábado, 12 de dezembro de 2009 – às 19h00
No salão da paróquia S. Pedro e S. Paulo – Tibiri II
Pessoas e entidades que lutam para defenderem a dignidade das pessoas e a promoverem os direitos básicos do povo são reconhecidas com a primeira entrega do Prêmio de Direitos Humanos de Santa Rita.

PARTICIPEM TODOS/AS!

Contatos:
-CEDHOR – cedor@hotmail.com – (83) 3217-1304
-Odete – odetedelima@oi.com.br – (83) 8864-3167;
-Irmão Chico – chicodaiuto@hotmail.com – (83) 9950-9489 (Oi);