Contagem regressiva para início do Intereclesial

A comunidade católica está em contagem regressiva para o início do 12° Intereclesial que começa na próxima terça-feira (21/07). Nesta sexta-feira, durante entrevista coletiva, o arcebispo de Porto Velho, dom Moacyr Grechi, falou da expectativa de receber este evento grandioso e que vem sendo preparado há quatro anos.

Dom Moacyr destacou o texto base da Campanha da Fraternidade de 2007 em que a Amazônia é colocada como fonte de vida, mas que precisa ser conhecida e cuidada para se tornar uma terra mais justa e digna para os povos que aqui residem.


O arcebispo lembrou que hoje a Amazônia é vista com aspecto folclórico ou puramente econômico. “No restante do país é impressionante o desconhecimento da realidade desta região. Alguns acreditam que aqui temos onças pelas ruas e outros só enxergam as riquezas que podem ser exploradas, como os minérios e a madeira. A realização deste evento servirá também para mostrar que temos um povo trabalhador e cidades com as mesmas condições de outras partes do país”, comentou.

Já o padre Luiz Cepp, coordenador do Secretariado do 12° Intereclesial, falou do tema e do lema. “É preciso conhecer o sentido de ecologia e se posicionar na missão. É um trabalho árduo com o intuito de apresentar propostas positivas para resolver questões que afligem os mais carentes. O Intereclesial será um momento de discutir as problemáticas da sociedade e principalmente, apontar saídas e renovar as esperanças de um mundo melhor”, destacou.

Magda Melo, da coordenação do Intereclesial, falou das ações que envolvem voluntários em toda a Arquidiocese de Porto Velho. “São milhares pessoas trabalhando diariamente por quatro anos para realizar o evento em Porto Velho. Este povo de Deus está pronto para receber com organização e alegria os mais de três mil delegados que chegarão de todas as partes do Brasil, da América Latina e Caribe”, destacou Magda Melo.


Durante o Intereclesial também será apresentada uma proposta de nova consciência e fé para que os povos que atuam nas Comunidades Eclesiais de Base tenham a missão de lutar por um mundo mais justo. “Temos o exemplo dos povos indígenas que resistem ao modo destrutivo de exploração que vem ocorrendo desde a colonização. Além disso, nós precisamos fazer uma análise detalhada das condições de vida na Amazônia e pensar em uma nova forma de ocupação”, completou.

Apesar de ser fundamentalmente uma vivência nascida na Igreja Católica, o Intereclesial tem sido um espaço ecumênico de ações. “Na celebração de encerramento teremos representantes de várias religiões. Já confirmamos a participação de mulçumanos, evangélicos, umbandistas, judeus, budistas e cristãos ortodoxos, para uma grande comunhão em defesa da paz e de um mundo melhor e mais justo para todos”, completou o padre Luiz Cepp.


Fonte: Site do 12º Intereclesial das CEBs - www.cebs12.org.br

Mensagem aos Irmãos e Irmãs no 12º das CEBs em Porto Velho (Zé Vicente)

“... quando se ouvirem os tambores da Amazônia
E as flautas-índias, nas canções do centro-oeste
E as guitarras juvenis em nossas ruas
E os berimbaus nas capoeiras desses morros!
O céu vai clarear, o mar vai ressacar,
A gente vai cantar, vai dançar, vai louvar!
Salve esse tempo de graça, salve essa festa tão linda!
Festas das Comunidades, festa do povo de Deus!”

BENDITA MEMÓRIA!
A você que venha a ler esta mensagem e vai estar em Porto Velho - Rondônia, participando do 12º Inter-eclesial das CEBs, quero em primeiro lugar, abraçar com ternura de menino e pedir que volte a ler acima, as estrofes do canto “Festa das Comunidades” que compus para o 10º encontro de Iheus-BA, em 1992. Nele expresso a alegria de fazer parte dessa Caminhada, desde os 16 anos,quando dei os primeiros passos na minha comunidade rural, no Sítio Aroeiras, na paróquia de Orós, no sertão do Ceará, convocado pelo padre Djalvo Bezerra, de saudosa memória.

Em Canindé, de 05 a 08 de julho de 1983, participei e cantei, pela primeira vez, o “Baião das Comunidades”, era o 5º Inter-eclesial, em tempos de efervescência eclesial, numa primavera de profecia e participação popular. As comunidades, proclamando aos quatro pontos do Brasil o lema: “CEBS,POVO UNIDO,SEMENTES DA NOVA SOCIEDADE”,transformado em Hino,pelo cego e tocador, Patrício, do Maranhão. No campo político, vivíamos ainda sob a ditadura militar, já dando sinais de total esgotamento, mas nem por isso, deixava de patrocinar um clima de tensões e espionagem.

Dom Aloísio Lorscheider era o arcebispo de Fortaleza, a diocese acolhedora. Frei Lucas, ofm, era o pároco em Canindé e com a Equipe local, se desdobrou para hospedar e organizar a festa com os cerca de 600 participantes. Foi o último dos pequenos encontros.

Foram dias de muitas cores, cantos,testemunhos,chapéus e sementes,como símbolos presentes em todos nós, nos espaços em todos os momentos. Até uma pequena estátua de S.Francisco de Assis, o patrono da Cidade e das Romarias, recebeu na cabeça, um chapéu de palha, presente de Pedro Casaldáliga, o bispo profeta de S.Félix do Araguaia,um dos apaixonados pelas CEBs.

Por que estou relembrando esta memória?
É que estou convencido que sem memória não se constrói história, nem pessoal e muito menos de Comunidade e de Igreja. A missão que recebi foi essa de lembrar e cantar, a memória e o sonho, passo a passo,de coração em coração,de lugar em lugar,por todos os recantos do Brasil,onde tive e terei a graça de passar.Vou cantando,sim, a nossa história feita de lutas,martírios,desafios(eu sou um sobrevivente da seca),mas também de muito encanto de fé, esperança e utopia.

Seguirei sempre inquieto, tentando sensibilizar mais e mais gente, para caminhada, onde a Arte, em todas as suas expressões,seja assumida, como Missão e Ministério na Comunidade local, mas também com maior oficialidade nas Pastorais e Organismos de nossa Igreja. Por que não? Creio que a Conferência de Aparecida, sinalizou positivamente nessa direção de ousarmos mais no anúncio da boa nova, as multidões excluídas.

UM SONHO MADURO COM SUAS QUESTÕES:
Sonho, um dia desses, em que a gente possa trazer como tema central para o Inter-eclesial, “A ARTE COMO FONTE DE VIGOR E MISSÃO NA CAMINHADA DAS CEBS”. Não será tempo de uma atenção maior e mais cuidadosa, com essa outra forma de linguagem e seus grandes temas inspiradores?

A teologia, a mística, a eclesiologia, não estão sendo autenticamente comunicadas em toda essa grandiosa enchente de poemas, cantos, danças, peças de teatro, desenhos, símbolos etc. nascidos dos corações simples, apaixonados e amadurecidos no compromisso com a sagrada causa do Reino, anunciado e inaugurado pelo Divino Artista de Nazaré?
Venho me questionando ainda: Por que nós artistas da Caminhada temos sido tão medrosos na missão de arte-vida, quando se trata de juntarmos forças para um Projeto mais comunitário,aquele mesmo ensaiado quando projetamos o MARCA – Movimento de Artistas da Caminhada, dentro do 6º Inter-eclesial, em Trindade,Goiás, no ano de 1986?

Precisamos fazer Escolas de Artes na Caminhada, para sensibilizar, capacitar, produzir, analisar, fazer circular a boa produção, com mais qualidade e investimentos,assim como já avançaram, em cheio, o Grupo de alguns companheiros e companheiras, que criaram o Ofício Divino das Comunidades e a Rede Celebra ou os Movimentos Pentecostais, Evangélicos e Católicos. Como tem ousado o MST, com suas Escolas de Formação com artes e, outras iniciativas ousadas a nível do Movimento Popular.

A quem está favorecendo essa nossa timidez? A vitalidade das Cebs,com certeza, para um novo tempo de missão, a meu ver, não o é. Nem tão pouco a Cultura da vida, da participação cidadã, da nova e urgente opção ambiental e da paz.

Por que algumas das Editoras e Meios de Comunicação confessadamente católicos têm sido tão limitados em oferecerem espaços para expressão do saber e das artes nascidas nos meios populares, nas comunidades?

Precisamos por em Rede, com mais planejamento, o que já vem sendo criado. Onde estão os acervos de nossa memória artística, fotográfica, filmada, pintada... produzida, desde o início da Caminhada? A memória histórica comunitária, não só individual, pois somos muito pessoalistas, está carente de cuidados, assim como o meio ambiente.

Os Mártires, situados (as) na suas comunidades. Os (as) Artistas, missionários (as), pastores, animadores (as), com suas comunidades de vida e testemunhos de entrega ao Reino, não merecem ter seus nomes e suas criações omitidos em nossos livros de cantos e liturgias ou apenas como citações anônimas nos livros de quem teve acesso ao patrimônio da escrita.

Esse é um sonho, meu irmão e minha irmã, não quero que seja apenas visto como queixa, embora seja entre nós mesmos que precisamos nos queixar e reclamar,quando o momento é propício,como este do 12º Inter-eclesial, feito palco e altar para a gente traduzir em palavras e atos de artes, o Grito, que vem e vai, da Amazônia e de todos os recantos e corações das Comunidades Eclesiais de Base e Movimentos Populares nesta Pátria Grande Latino-americana.

PORQUE NÃO ESTOU EM PORTO VELHO:
E quem disse que não estou?...

Em todos os Encontros que participei, no processo de preparação, seja no Nordestão, em S.Luis do Maranhão, no Dozinho, em Porto Velho em 2008, quando tivemos a alegria de um encontro de Artistas da Caminhada, com a visita de D. Moacir e da Rede Celebra e decidimos juntos:

a) que a Equipe de Animação local, com o Zé Martins, continuasse no serviço da animação do 12º, também em nosso nome;

b) decidimos que é urgente e necessário realizarmos Fóruns Periódicos de Artistas, Produtores Culturais e Comunicadores da Caminhada, indicamos até que o primeiro pudesse ser em Brasília, no final de 2009 ou em 2010, cheguei a contatar com Pedro Filho e Daniel Seidel, que comungam com a proposta;

c) assumi, em nome do Grupo de Artistas, apresentar a Paulinas-COMEP, um projeto, com músicas de vários artistas conhecidos e outras(as) mais novos(as), solicitando a retomada daquela produção de Cantos das Comunidades, que tanto bem fez a animação e celebrações da Caminhada. A resposta foi tímida, mas podemos continuar conversando e buscando novos caminhos. É a nossa missão, sobretudo quando nos pomos, como artistas e produtores, numa perspectiva comunitária e ecumênica e não somente individual ao gosto do mercado que impera atualmente.

Neste ano de 2009, vivenciei momentos lindos, sendo os três mais simbólicos, em Marataízes-ES, com as CEBs da Diocese de Cachoeiro do Itapemirim, Estado onde nasceram os inter-eclesiais na década de setenta. Em Cedro-Ce, na minha diocese natal, de Iguatu e na Festa Junina das CEbs, em Manaus-AM, no dia 27 de junho.

Acompanharei em vigília e na Romaria em Santa Cruz da Venerada, diocese de Petrolina, onde estaremos cantando, nos dias 25 e 26 de julho, festejaremos daqui do sertão do nordeste, a nossa comunhão com a celebração final do Interecelsial, nesse coração pulsando alto, desde a Amazônia.

Assim, irmãos e irmãs, com a acolhida e a coordenação pastoral de D.Moacir, com todas as equipes e famílias queridas em Porto Velho, manifesto meu carinho e o canto que o Divino Artista do Universo, me enviou a cantar com todos e todas as artistas da Caminhada: “No olhar a gente a certeza de irmãos,reinado do povo!”

Meu abraço com toda ternura:

Fortaleza- Ceará, 10 de julho de 2009

Zé Vicente
Contato: zvi@uol.com.br


Fonte: Site do 12º Intereclesial das CEBs - www.cebs12.org.br

Estréia Programa Projeto Popular na TV Educativa do Paraná

Estreiou nessa sexta-feira, dia 10, às 22h, o Programa Projeto Popular. A iniciativa é uma parceria do movimento social brasileiro com a TV Educativa do Paraná.

"Projeto Popular" é um programa produzido, elaborado, e conduzido pelos movimentos sociais brasileiros.

Debater os grandes temas da sociedade mundial, latino-americana e brasileira de forma interdisciplinar a partir do movimento social brasileiro com vistas à elaboração de um projeto popular de nação é o objetivo desse programa.

Veja os primeiros programas - às sextas-feiras (22h):

Dia 10 de julho - Antonio Carlos Spis (CMS) – em debate o papel dos movimentos sociais;

Dia 17 de julho - João Pedro Stédile (Via Campesina) – em debate a crise mundial;

Dia 24 de julho - Aldemir Caetano (FUP) – em debate o Pré-Sal;

Dia 31 de julho - Washington Uranga (mov. social argentino) – em debate a integração latino-americana;

Os programas também podem ser vistos pela internet:

http://www.aenoticias.pr.gov.br/tv-aovivo.php

ou

http://www.rtve.pr.gov.br/modules/programacao/tv_ao_vivo.php

Informações:
projetopopular@quemtv.com.br


Fonte: Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) - www.mst.org.br

Nordeste avança na organização da Assembleia Popular

No último fim de semana (10, 11 e 12 de julho), a Escola Estadual de Formação Paulo Freire, no assentamento Normandia, Caruaru-PE, recebeu representantes de organizações sociais de todo Nordeste para o primeiro Encontro da Assembleia Popular Nordeste. Numa iniciativa inédita no país, os movimentos sociais ali presentes definiram a prioridade de se organizarem regionalmente, tanto para formação como para agendas de luta no campo e na cidade.

A Assembleia Popular é uma iniciativa dos movimentos sociais que, no Brasil, existe desde 2005 com o objetivo de organizar, formar e mobilizar a diversidade de lutadores e lutadoras do povo em torno de um Projeto Popular para o Brasil. No Nordeste, a articulação está presente em todos os Estados, em estágios diferentes de organização. Alagoas, por exemplo, ainda está nos primeiros passos dessa construção, enquanto que a Paraíba já aglomera diversas pessoas na luta pela redução da tarifa energética.

Durante a programação, foi discutido a conjuntura do capitalismo no Nordeste, marcado pelo coronelismo (poder local ligado às oligarquias latifundiárias) e pelo atraso em relação a investimentos do Estado brasileiro. Além desse olhar crítico sobre a própria região, os participantes analisaram a conjuntura da crise econômica internacional e seus efeitos sobre a classe trabalhadora. Além disso, a forma como uma unificação poderia servir para combater essas consequencias e aproveitar o momento para massificar o Projeto Popular.

A carta final do encontro aponta para a solução dos desafios de organização ao sugerir a criação de uma secretaria operativa regional e de um coletivo responsável pela articulação em cada um dos Estados. Dentro do cenário de crise, a reunião do maior número de movimentos sociais nas linhas mais diversas de enfrentamento ao capital (ambiental, econômica, habitacional, agrária, entre outras) é estratégico para aqueles que lutam dia-a-dia pelo Poder Popular e pelo socialismo. Mais simbólico ainda, esta articulação inicial acontecer no cenário agrário de Pernambuco, marcado recentemente pela atrocidade da chacina de três assentados e dois pedreiros no assentamento Chico Mendes, em Brejo da Madre de Deus-PE.

A Assembleia Popular Nordeste é um instrumento da chamada esquerda social (aquela capilarizada nos movimentos sociais) e deve ascender as lutas em torno de pautas comuns, que atinjam a população e, por isso, garantam um “poder de convocação” das massas às ruas. Numa articulação que pretende se encontrar com uma freqüência de três meses, a comissão representativa dos Estados deve, a partir de agora, criar as condições para o avanço na formação, organização e lutas no Nordeste. Isso sinaliza para a realização do Curso Realidade Brasileira, que garantiria uma intervenção regionalizada na Assembleia Popular Nacional e o compromisso com a Jornada de Lutas contra o modelo de desenvolvimento em agosto, respectivamente.


Fonte: Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) - www.mst.org.br

Homenagem dos/as jovens no 12º Intereclesial das CEBs ao Pe. Gisley Azevedo

Campanha Contra os Altos Preços da Energia Elétrica - Assembleia Popular

Lutadores e lutadoras do povo!!!!

Amanhã ás 08:30h teremos uma audiência pública com a ANEEL(Agência Nacional de Energia Elétrica) para revisão tarifária extraordinária o que significa que discutiremos os ganhos de produtividade e lucro da energiza nesses últimos 04 anos, que com sabemos não são pequenos. Depois de várias mobilizações contra o aumento de 15,77% nas contas de energia , os movimentos sociais organizados prometem estar presentes nesse audiência para denunciar o abuso e descaso com que a ENERGIZA vem tratando o povo da Paraíba. Os recentes apagões, a mudança de medidores analógicos pelos digitais, contas altíssimas, a 2ª tarifa mais cara do Nordeste, não cumprimento da tarifa social e aposição arrogante do presidente da Energiza Marcelo Rocha são traços da mesma política: é melhor uma energia cara do que uma escuridão barata.

Exigimos das autoridades constituídas que tomem posição sobre o caso, e que comecemos uma ampla campanha pela reestatização da empresa, que volte para ás mãos do Estado e que a redução seja de no mínimo 20% se consideramos as altas taxas de lucro e os aumento abusivos.

Convidamos a todos/as aqueles/as que se sentem insatisfeitos com a ENERGIZA a estarem juntos nesse luta, que dá sinais de ser vitoriosa, mas que dependerá de força , organização e vigilância total daqui pra frente.


ÁGUA E ENERGIA NÃO SÃO MERCADORIAS!
O PREÇO DA LUZ É UM ROUBO!

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SUPERINTENDÊNCIA DE MEDIAÇÃO ADMINISTRATIVA SETORIAL

AVISO

Complemento ao Aviso de Audiência Pública nº. 020/2009, publicado no Diário Oficial da União do dia 05 de junho de 2009, seção 3, página 100.

O SUPERINTENDENTE DE MEDIAÇÃO ADMINISTRATIVA SETORIAL DA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL, no uso da competência que lhe foi atribuída por delegação do DIRETOR-GERAL da ANEEL por meio da Portaria ANEEL n° 109, de 11 de julho de 2005, COMUNICA, em complemento às disposições contidas no supracitado Aviso de Audiência Pública, que:

a Sessão ao Vivo - Presencial da referida Audiência Pública será realizada no dia 16 de julho de 2009, das 08:30 às 12:30, no auditório Álvaro Ferreira Lima, da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (ASPLAN), situado à Rua Rodrigues de Aquino, 267, Centro, João Pessoa/PB.

Agenda da Sessão ao Vivo-Presencial do dia 16/07/2009
Horário Programação

08:30 - 09:00 Recepção e registro de expositores e participantes
09:00 - 09:10 Abertura das atividades pelo Presidente da Sessão ao Vivo-Presencial
da Audiência
09:10 - 09:30 Exposição do tema pela Superintendência de Regulação Econômica - SRE
09:30 - 09:50 Exposição do tema pela Energisa Paraíba Distribuidora de Energia S.A. - EPB
09:50 - 10:10 Exposição do tema pelo Conselho de Consumidores da EPB
10:10 - 12:30 Pronunciamento dos expositores
12:30 Encerramento

MAB realiza 3ª Etapa do Curso de Energia em convênio com a UFRJ

Desde a última sexta-feira (10 de julho), 65 estudantes do MAB e de diversos movimentos sociais de todas as regiões do Brasil, e também da Colômbia, El Salvador e Argentina, estão no Rio de Janeiro para a terceira etapa do curso de extensão e especialização "Energia e sociedade no capitalismo contemporâneo". O curso é realizado em uma parceria entre o MAB e o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (IPPUR), da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Os principais objetivos do curso são ampliar o acesso de integrantes de movimentos sociais ao saber científico acadêmico e contribuir para a capacitação desses militantes, aprofundando o conhecimento sobre as relações entre energia, meio ambiente e sociedade no capitalismo contemporâneo. A criação do curso inscreve-se no esforço da UFRJ de se abrir enquanto universidade aos diversos setores sociais e reitera o compromisso com movimentos sociais que lutam pela justiça social e ambiental.

A ênfase desta etapa é a preparação do trabalho de conclusão do curso, onde cada um dos alunos deverá elaborar um artigo sobre algum dos temas que perpassaram o curso. "A 3ª etapa do curso é mais um importante passo no processo de elaboração de um modelo energético popular, não somente para o Brasil, mas para toda a América Latina. Nesse contexto, a parceria entre os movimentos sociais e a universidade propicia grandes avanços, pois ao mesmo tempo em que traz para o mundo da universidade as lutas sociais, proporciona o saber teórico para a militância", afirmam os coordenadores.

O encontro acontece na Cidade Universitária da UFRJ e segue até o dia 23 de julho. Esta é a terceira das quatro etapas do curso e aos portadores de diploma de nível superior será oferecido o diploma de especialização, aos demais será oferecido o certificado de curso de extensão. Entre os professores desta etapa está o professor Dorival Gonçalves Junior, da Universidade Federal do Mato Grosso, que elaborou a tese sobre o processo histórico social de mudanças na organização na indústria de eletricidade do Brasil e é um dos teóricos que contribui com o MAB na organização da campanha contra os altos preços da energia elétrica.

Seminário Internacional dos Atingidos
Nos dois primeiros dias (10 e 11 de julho) aconteceu o Seminário Internacional do Atingidos, que contou com a presença de 120 pessoas de 46 entidades nacionais e internacionais e organizações de atingidos por vários projetos, entre eles, atingidos por barragens, empresas mineradoras, extração de petróleo e gás. O seminário foi organizado pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e pelo Núcleo de Direitos Humanos da Fase, e teve como objetivo reunir os atingidos para debater e traçar estratégias de ação frente ao atual modelo de desenvolvimento.


Fonte: Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) - www.mabnacional.org.br

12º Encontro Intereclesial - As CEBs se encontram na Amazônia

Citado pela imprensa local como o maior acontecimento religioso, social e político do ano na capital rondoniense, o 12º Intereclesial das CEBs deverá reunir em Porto Velho/RO, entre os dias 21 a 25 de julho, cerca de 3 mil delegados de 269 dioceses brasileiras, estimando-se um contingente de clérigos em torno de 380 padres e 50 bispos. Este ano, o Intereclesial tem como tema “CEBs: Ecologia e Missão” e como lema: “Do Ventre da Terra, o Grito que vem da Amazônia”.

Já está confirmada a presença de representantes de 134 comunidades indígenas e é esperada a participação de uma centena de convidados de diversos países, principalmente das nações latino-americanas. Para a comunidade rondoniense em geral, um dos destaques do encontro são as presenças já confirmadas do bispo emérito de São Félix do Araguaia/MT, Dom Pedro Casaldáliga, da ex-ministra e senadora Marina Silva (PT-AC) e da líder indígena guatemalteca Rigoberta Menchú, Prêmio Nobel da Paz de 1992. De acordo com a programação do evento, entre outras ações, o trio vai protagonizar a atividade “Testemunho de Pessoas Proféticas”.

Esta é a primeira vez que a reunião será realizada na Amazônia, acentua Dom Moacir Grechi, presente em todos os Intereclesiais, desde o primeiro, em 1975. “O encontro é a oportunidade de colocarmos em pauta os temas voltados à sociedade da Amazônia, suas diversidades culturais, passando por comunidades indígenas, dentre outros. Há uma série de fatores importantes que devemos discutir neste 12º Intereclesial”, explica Dom Moacyr.

Neste sentido, conforme explica o responsável nacional pelas CEBs e bispo de Floresta/PE, Dom Adriano Ciocca, o encontro deverá debater assuntos importantes para a elaboração de novas políticas agrícolas no Brasil. “O 12º Intereclesial deverá tratar de vários assuntos, e um deles, particularmente,deverá chamar a atenção social, pois se trata de políticas agrícolas na região amazônica”, disse Dom Adriano.


Fonte: Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – www.mst.org.br

Fotos do 1º Encontro da Assembleia Popular no Nordeste



Fotos: Danielson Soares e Leandro Ferreira.

1º Encontro da Assembleia Popular no Nordeste - 09 a 12 de Julho

Aquilo que era um desejo coletivo se materializou numa proposta concreta: o 1º Encontro da Assembleia Popular no Nordeste. Coube ao povo lutador de Pernambuco ser o Estado acolhedor da proposta. Sendo o Centro de Formação Paulo Freire em Caruaru o local de entroncamento que encurtou as distâncias e os sonhos.

Embalados/as pelos ritmos da cultura popular, entre os dias 09 e 12 de julho, lutadores e lutadoras do Povo vindos/as de oito estados do Nordeste, pertencentes a mais de 30 movimentos e organizações sociais e populares, refletiram conjuntamente a Conjuntura política, sócio-ambiental e econômica da crise no Brasil e no Nordeste; O Projeto Popular e a plataforma mínima; As experiências dos estados do Nordeste; Os desafios da organização, da formação, das campanhas e lutas da Assembleia Popular; A resistência e a luta do povo através das manifestações culturais.

Ao longo das discussões, inúmeros desafios foram surgindo, a exemplo da articulação política, da construção da Assembleia Popular nos estados, da construção material e auto-sustentação, da construção coletiva e da troca permanente das experiências sociais, políticas, culturais, econômicas e espirituais.

Para o articulador da Cáritas Regional NE2 (PE, AL, PB e RN), Marcos Aurélio Bezerra, “a Assembleia Popular é um espaço de discussão e organização, que visa contribuir com a construção de um modelo político mais democrático. Participar da Assembleia Popular é assumir um compromisso, sendo uma boa oportunidade para retomar as mobilizações nas bases, visando à construção de um projeto popular de nação”, disse.

O primeiro encontro nacional da Assembleia Popular aconteceu em Brasília, de 25 a 28 de outubro de 2005, com a participação de mais de oito mil participantes de todas as regiões do país. A Assembleia elaborou o texto: “O Brasil que queremos. Assembleia Popular: Mutirão por um novo Brasil”, que serve de instrumento para o debate na construção de um Projeto Popular para o Brasil.

Enfim, se poderia dizer que o 1º Encontro da Assembleia Popular no Nordeste, resgatou e enfatizou a importância de caminhar juntos, da construção de lutas unitárias, da ligação entre as lutas locais e específicas com a luta geral, na construção do Projeto Popular para o Brasil, e no resgate da capacidade do povo de fazer política e transformar a sociedade.

Brasil, nós temos que lutar! A nossa ferramenta é Assembleia Popular!
Pátria Livre! Venceremos!


Texto: Elson Matias.

Seminário Regional de Articulação para o Grito dos/as Excluídos/as

Nos dias 04 e 05 de Julho de 2009, o Regional Nordeste 2 da CNBB, através do Setor Pastoral Social, realizou em Campina Grande/PB, um Seminário Regional, em preparação ao 15º Grito dos/as Excluídos/as.

O Seminário reuniu 40 lideranças representantes das dioceses, pastorais sociais, CEBs, e alguns movimentos e organizações sociais e populares, como as Pastorais Operária, da Criança, da Terra, dos Migrantes, Assembleia Popular, Escola de Fé e Política e Cáritas Brasileira, dos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte.

A temática discutida foi o próprio lema geral do Grito dos/as Excluídos 2009, “Vida em primeiro lugar – A força da transformação está na organização popular”, a partir dos gritos cotidianos e de uma análise de conjuntura da Crise.

Enfim, o Grito dos/as Excluídos/as será, pela 15ª, vez uma manifestação popular carregada de simbolismo, um espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural, de pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas, sonhos e lutas dos/as excluídos/as.

Segundo o Padre Jandeílson Alencar, articulador do Setor Pastoral Social, “Os seminários tem fortalecido o trabalho de sensibilização e mobilização nas dioceses para a apropriação de temas nacionais para o trabalho com os excluídos/as".

Grito dos/as Excluídos/as (Brasil): www.gritodosexcluidos.org


Texto: Danielson Lima e Elson Matias.

Atingidos/as pela barragem de Acauã montam novo acampamento

Após receberem da Justiça uma ordem de despejo e reintegração de posse, as 120 famílias atingidas pela barragem de Acauã montaram um novo acampamento, no dia 04 de julho, agora numa área pública que pertence à Prefeitura de Itatuba. As famílias estavam acampadas há dois meses na Fazenda Mascadi, quando cerca de 100 policiais entraram no acampamento e as expulsaram. Segundo Osvaldo Bernardo da Silva, coordenador do MAB, jagunços da fazenda aproveitaram a situação de despejo e atearam fogo nas lonas e colchões dos acampados.

“Mesmo com toda esta violência nós não desistimos. Estamos acampados novamente para exigir uma vistoria nas terras da Mascadi e novos reassentamentos para os atingidos”, afirmou Osvaldo Bernardo.

A Barragem de Acauã foi concluída em 2002 e está localizada no Rio Paraíba, entre os municípios de Aroeiras, Itatuba e Natuba. Ela ocupa uma área de 1.725 hectares e causou o deslocamento de 4,5 mil pessoas (cerca de 800 famílias) que tiravam seu sustento do rio. Os povoados foram completamente inundados. Os reassentamentos de Cajá, Melancia e Pedro Velho, são considerados pelo MAB a pior situação social das famílias reassentadas por uma barragem no país.

Em abril de 2007, a região recebeu a visita da Comissão Especial do Conselho Nacional de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CNDDPH), criada para acompanhar denúncias de violações de direitos humanos decorrentes da implementação de barragens no país. O relatório divulgado pela comissão confirmou as acusações feitas pelo movimento. Leia um trecho:

"Além de não haver água tratada, esgoto, saúde, educação, lazer, moradia, segurança e acesso ao trabalho, as comunidades não têm ruas asfaltadas (ou com paralelepípedos, ou pedras outras), calçadas, e nem dispõe de praças públicas. Não existem serviços públicos regularmente estruturados, comércio local, farmácias, linhas de transporte coletivo, matadouros, hortas comunitárias, cemitérios e áreas de lazer (centros comunitários, campo de futebol, etc.). Muito menos órgãos administrativos ou representação estatal estabelecidos nesses locais".

Recentemente o MAB produziu um documentário chamado "O canto de Acauã", que relata os problemas enfrentados pelas comunidades ribeirinhas depois da construção da barragem.


Fonte: Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) – www.mabnacional.org.br