















Abaixo informes gerais dos Estados:
Brasília: 800 mulheres da Via Campesina ocuparam o prédio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A manifestação denunciou que a política agrária do governo, dirigida pelo Ministério da Agricultura e controlada pelos ruralistas, sustenta os latifundiários, as empresas transnacionais e o capital financeiro, responsáveis pela atual crise. Elas cobraram a implementação de um modelo agrícola baseado na pequena agricultura, através da realização da reforma agrária, e uma política econômica voltada para a geração de empregos para a população.
Paraíba: Pela manhã, cerca de 350 mulheres da Via Campesina e da Assembléia Popular ocuparam a Associação de Plantadores de Cana do estado e, em um gesto simbólico, cortaram pés de cana e plantaram feijão e milho. A ação foi em protesto aos impactos da produção de etanol no Brasil: a superexploração e as condições degradantes de trabalho nas lavouras de cana; a contaminação dos solos, do ar e da água; o encarecimento das terras e a concentração fundiária, que fragilizam ainda mais os programas de reforma agrária; e a ameaça a produção dos alimentos que são consumidos no país. Na tarde, cerca de 800 manifestantes seguiram em marcha até a sede do governo do estado. Eles exigiram o reassentamento imediato de todas as famílias atingidas pela barragem de Acauã, construída para acumulação de água e que provocou o deslocamento de aproximadamente 4.500 pessoas. Desde 2002, quando do fechamento do lago, as águas atingiram as zonas rurais inundando completamente diversos povoados.
São Paulo: cerca de 600 trabalhadoras rurais da Via Campesina realizaram a ocupação de uma área da Cosan, no município de Barra Bonita. O grupo Cosan explora uma área duas vezes maior que o total de hectares destinados para a Reforma Agrária no Estado de São Paulo: 605 mil hectares pelo grupo, contra apenas 300 mil para as 15 mil famílias em assentamentos estaduais e federais. A unidade em Barra Bonita é a maior usina de açúcar e etanol do mundo em capacidade de moagem de cana, ou seja, é um símbolo do setor sucroalcooleiro.
Rio Grande do Sul: 700 mulheres ocuparam a Fazenda Ana Paula, de propriedade da Votorantim Celulose e Papel e cortaram parte do eucalipto plantado na área. Depois de especular contra a moeda brasileira e ter prejuízos com a crise financeira, a VCP recebeu R$ 6,6 bilhões do governo brasileiro para adquirir a Aracruz Celulose, através da compra de metade da carteira do Banco Votorantim e de um empréstimo do BNDES. O custo da compra foi de R$5,6 bilhões.
Paraná: 1.000 trabalhadoras fizeram uma marcha pelo centro de Porecatu, no Norte do estado. A manifestação começou pela manhã, saindo do Centro Comunitário da Prefeitura até a praça central, onde foi realizada uma celebração com a partilha de alimentos da agricultura camponesa. Durante a caminhada as mulheres denunciaram o modelo do agronegócio, a produção dos monocultivos (da cana de açúcar, soja, eucalipto, pinus, entre outros) e as transnacionais, que destroem a biodiversidade, a cultura camponesa e inviabilizam a Reforma Agrária.
Santa Catarina: a mobilização aconteceu em três grandes Regiões do Estado: Chapecó, Curitibanos e São Miguel do Oeste. Cerca de 1500 mulheres da Via Campesina e de Movimentos Urbanos realizaram passeatas e atos públicos em frente ao Banco do Brasil, denunciando os investimentos do dinheiro público aos grandes grupos econômicos como é o caso da Aracruz e a Votorantim. Elas mobilizaram-se também em frente às Secretarias de Desenvolvimento Regional do Estado.
Espírito Santo: cerca de 1300 mulheres ocuparam o Portocel, porto de exportações da empresa Aracruz Celulose localizado no município de Aracruz, para denunciar o repasse de recursos públicos do Estado para a empresa. As mulheres entraram no porto, fizeram um ato destruindo a produção de eucalipto, e saíram da área. A Aracruz se apropria de recursos públicos, mas não gera empregos, destrói o meio ambiente e não contribui para o desenvolvimento nacional.
Rondônia: cerca de 100 mulheres realizaram de 06 a 08, um seminário com as mulheres camponesas sobre a Lei Maria da Penha. Em seguida realizaram uma caminhada pelas ruas da cidade, lembrando a luta de Margarida Alves, Irmã Doroty, Padre Ezequiel, pela terra, por reforma agrária e pelo direito dos/as trabalhadores/as do campo e da cidade.
Pará: as mulheres camponesas do estado do Pará realizaram no dia 08, estudo e debate sobre as alternativas de combate à violência praticada contra mulher, em especial, a importância da Lei Maria da Penha. Foi tema também desse encontro a agricultura camponesa e a produção de alimentos saudáveis em contraponto ao plantio de alimentos transgênicos. Participaram do encontro cerca de 250 mulheres do MMC/PA e demais movimentos sociais da Via Campesina. O mesmo aconteceu no município de Tucuruí e reuniu mulheres de outros dois municípios: Baião e Acajá.
Maranhão: Em uma ação política de protesto, as Mulheres da Via Campesina queimaram uma produção de toras de eucalipto na fazenda da Vale, em Açailândia. O eucalipto plantado na área da Vale é destinado exclusivamente para abastecer uma carvoaria, grande responsável pela poluição do ar da região e pela agressão à saúde dos habitantes dos arredor. A mesma carvoaria foi motivo de outro protesto ocorrido em março de 2008. A Vale tem mais 200 mil hectares de terras na região e destinará esta propriedade conhecida como Fazenda Monte Líbano para a empresa Suzano Papel e Celulose, que se instalará na região recebendo outros 35 mil hectares de eucalipto.
Pernambuco: Cerca de 200 camponesas realizam uma manifestação na Usina Cruangi, em Aliança, Zona da Mata Norte de Pernambuco. Em Petrolina, as camponesas da Via Campesina fizeram um ato contra o avanço do agronegócio na região, promovido pelos grandes projetos de irrigação do Rio São Francisco. Elas protestam contra o monocultivo da cana e o trabalho escravo no estado. Em fevereiro deste ano, uma operação do Grupo Móvel de Fiscalização resgatou 252 trabalhadores rurais em terras da Usina. O setor sucroalcooleiro foi o ramo da economia que mais se utilizou da mão-de-obra escrava no ano de 2008.
Acre: cerca de 100 mulheres da Via Campesina realizaram estudo no dia 08 e continuarão as atividades durante os próximos dias, denunciando a violência praticada contra as mulheres.
Roraima: foi realizada uma atividade no dia 04, na Universidade de Baliza, sobre a Lei Maria da Penha.
Bahia: em Brumado, cerca de 80 mulheres da Via Campesina, realizaram estudo e debate com caminhada de denúncia da violência.
As atividades correspondentes a Jornada Nacional de Luta das Mulheres continuarão durante esta semana.
Fonte: www.mabnacional.org.br
Em uma ação política de protesto, as Mulheres da Via Campesina queimaram nesta segunda-feira (9/3) uma produção de toras de eucalipto na fazenda da Vale, em Açailândia, no Maranhão.
ruto de uma ocupação em 1996. Os mais de 1,8 mil moradores do assentamento sofrem diariamente com a queima de carvão pelos 70 fornos industriais da Vale e vem causando doenças respiratórias, dores de cabeça, irritação nos olhos e sinusites. Com isso, tornou-se comum assentados sofrerem paradas respiratórias e até inicio de derrames.
energética da população brasileira em vez do financiamento dos grandes projetos do capital internacional que destroem os recursos naturais e não geram empregos.
Desde a manhã desta segunda-feira (9/3), militantes da Via Campesina e da Assembléia Popular estão mobilizados em João Pessoa, na Paraíba. As ações, que continuam durante todo o dia, marcam a Jornada nacional de luta das mulheres e o Dia internacional de luta contra as barragens.
0 pessoas. Desde 2002, quando do fechamento do lago, as águas atingiram as zonas rurais inundando completamente diversos povoados.
conferir uma convivência sustentável em seus novos lares”, argumenta o Ministério Público.
Mulheres Camponesas na luta contra o agronegócio, por Reforma Agrária e Soberania Popular
-01 - Dia Mundial da Paz; Independência do Haiti; Vitória da Revolução Cubana, em 1959;
-06 - Dia de Reis;
-08 - Enforcamento de João, um dos líderes da Revolução de Queimados, Espírito Santo, 1642;
-09 - Lisboa ordena a extinção dos índios Janduim no Brasil (estados CE, RN e PB), em 1662; Primeira greve conhecida no Brasil, dos tipógrafos pioneiros da luta operária, em 1858;
-10 - Greve de 5 meses dos sapateiros de São Paulo, pela jornada de 8 horas, em 1911;
-12 - 6.500 homens invadem o Quilombo dos Palmares, que resistirá até o dia 06 de fevereiro, em 1694;
-13 - É fuzilado Frei Caneca, revolucionário republicano, da Confederação do Equador, em 1825;
-21 - Fundação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Cascavel/PR, 1984; -22 a 24 - 1º Forum Mundial de Economia Solidária - Santa Maria/RS; -25 a 29 - Forum Social Mundial 10 anos - Porto Alegre/RS; -28 - Abertura da 3ª Conferência do Episcopado Latino-Americano e Caribenho, em Puebla, em 1979; -29 - José Martí começa a guerra da independência de Cuba, em 1895; 1º Congresso Nacional do MST, em 1985; Pinochet é processado como autor dos crimes da "Caravana da Morte", em 2001; -30 - Assassinato de Mahatma Gandhi, em 1948;