ENTIDADES REALIZAM PROTESTO EM JOÃO PESSOA EM SOLIDARIEDADE A DOM CAPPIO
WSCOM Online
FRENTE PARAIBANA EM DEFESA DA TERRA, DAS ÁGUAS E DOS POVOS DO NORDESTE
A Frente Paraibana em Defesa da Terra, das Águas e dos Povos do Nordeste estará realizando um ato de apoio a Dom Luiz Cappio, contra a transposição e por um outro modelo de desenvolvimento para o Nordeste. O ato acontecerá nesta segunda às 9hs em frente ao Ibama.
Contamos com a presença de todos e todas vocês.
Frente Paraibana em Defesa da Terra,
MST, CPT, Caritas, Serviço Pastoral do Migrante, Centro Acadêmico de Biologia, DCE UFPB, MAB, ASA-Articulação do Semi-Árido, ASPTA, Setor Juventude da Arquidiocese da Paraíba, Gabinete de Paula Frassinete, CEDOR, Juventude Franciscana de Santa Rita, Cabedelo e Tito Silva, Pequenas Comunidades das Irmãs Inseridas, AMB, Sinter, Grupos de Teatro do Oprimido Loucos Por Mudança, G.R.I.T.O. e os Incomodados Mudam a Situação, MPA, MAB, Cunhã, Consulta Popular, APAN.
CARTA AO POVO DO NORDESTE
Paz e Bem!
Quando encerrei o jejum de 11 dias em Cabrobó, há dois anos atrás, acreditei sinceramente que o governo federal cumpriria sua palavra empenhada no acordo que assinamos. Este acordo estabelecia um amplo, transparente e participativo debate nacional sobre o desenvolvimento do Semi-árido e da Bacia do São Francisco. Acreditávamos piamente que se esse debate fosse verdadeiro seriam esclarecidas as reais necessidades e potencialidades do Semi-árido, e ficaria evidente que a transposição não era necessária nem conveniente ao povo nem ao rio. As águas abundantes do semi-árido falariam por si. E os projetos alternativos existentes se imporiam, como as obras do Atlas Nordeste para o meio urbano e as experiências da ASA – Articulação do Semi-Árido para o meio rural.
O governo não cumpriu o prometido, abortou o debate apenas iniciado, ganhou as eleições e colocou o Exército para começar as obras da transposição. Movimentos e entidades da sociedade organizada intensificaram as mobilizações e os protestos, mas o governo se fez de surdo. Diante disso, não me restou outra alternativa senão retomar o jejum e oração, como havia dito que faria se o acordo não fosse cumprido. Para isso escolhi a capela de São Francisco, em Sobradinho – BA, bem próximo da barragem de Sobradinho, que há 30 anos passou a ser o coração artificial do Rio São Francisco, um doente em estado terminal.
Sei que meu gesto causará estranheza e incompreensões em muitos de vocês. Não os culpo por isso. Há gerações vem sido dito a vocês que só a grande obra da transposição “resolve” a seca. Entre os maiores interessados nela estão pessoas que vocês bem conhecem, pois são as mesmas que há muitos anos dominam e exploram a região usando o discurso da seca para desviar dinheiro público e ganhar eleições.
A seca não é um problema que se resolve com grandes obras. Foram construídos 70 mil açudes no Semi-árido, com capacidade para 36 bilhões de metros cúbicos de água. Faltam as adutoras e canais que levem essa água a quem precisa. Muitas dessas obras estão paradas, como a reforma agrária que não anda. Levar maiores ou menores porções do São Francisco vai tornar cara toda essa água existente e estabelecer a cobrança pela água bruta em todo o Nordeste. O povo, principalmente das cidades, é quem vai subsidiar os usos econômicos, como a irrigação de frutas nobres, criação de camarão e produção de aço, destinadas à exportação. Assim já acontece com a energia, que é mais barata para as empresas e bem mais cara para nós. Essa é a verdadeira finalidade da transposição, escondida de vocês. Os canais passariam longe dos sertões mais secos, em direção de onde já tem água.
Portanto, não estou contra o sagrado direito de vocês à água. Muito pelo contrário, estou colocando minha vida em risco para que esse direito não seja mais uma vez manipulado, chantageado e desrespeitado, como sempre foi. Luto por soluções verdadeiras para a vida plena do povo sertanejo – isso tem sido minha vida de 33 anos como padre e bispo do sertão. É, pois, um gesto de amor à vida, à justiça e à igualdade que nunca reinaram no Semi-árido, seja aí, seja aqui no São Francisco, longe ou perto do rio.
Agora mesmo é grande o sofrimento do povo não muito distante do rio e do lago de Sobradinho que, em função da energia para um desenvolvimento contra o povo, está com apenas 14%. Um projeto de R$13 milhões que resolveria o abastecimento dos quatro municípios da borda do lago espera desde 2001 pelo interesse dos governantes...
O São Francisco precisa urgentemente de cuidados, não de mais um uso ganancioso que se soma aos muitos que lhe foram impostos e o estão destruindo. Como lhes disse da outra vez, fosse a transposição solução real para as dificuldades de água de vocês, eu estaria na linha de frente da luta de vocês por ela.
O que precisamos, não só no Nordeste, é construir uma nova mentalidade a respeito da água, combater o desperdício, valorizar cada gota disponível, para que não ela não falte à reprodução da vida, não só a humana. Precisamos repensar o que estamos fazendo dos bens da terra, repensar os rumos do Brasil e do mundo. Ou estaremos condenados à destruição de nossa casa e à nossa própria extinção, contra o Projeto de Deus.
Senhor, Deus da Vida, ajude-nos! “Para que todos tenham vida!” (João 10,10).
Recebam meu abraço e minha benção,
Dom Luiz Flávio Cappio, OFM.
Sobradinho - BA, 29 de novembro de 2007.
TRANSPOSIÇÃO: ÁGUAS DA ILUSÃO!
1. Existe água suficiente em todos os estados para abastecer as populações. O problema não é de água estocada, é de democratização da água existente e uso político da seca;
2. O projeto do governo prevê que a transposição leve água no máximo a 6% do semi-árido. A destinação da água é de 4% para a população rural, 26% para o meio urbano e 70% para atividades agrícolas de interesse privado. Não vai acabar com a sede de 12 milhões de pessoas como foi anunciado;
3. Apenas 5% dos solos semi-áridos são irrigáveis. Ou seja, a transposição não é uma solução para a agricultura, uma vez que 95% do semi-árido não sofrerá mudanças;
4. O governo admitiu que a obra “tem finalidade econômica”. Com isso, o projeto deve ser considerado ilegal, uma vez que os 26m³ solicitados para os canais foram autorizados pelo Comitê da Bacia do São Francisco para o “abastecimento humano e dessedentação dos animais”, com base na Lei Brasileira de Recursos Hídricos;
5. Não foram realizados estudos suficientes sobre o impacto ambiental. Entre outras lacunas, não foi feito nenhum estudo na calha do rio, se limitando apenas à tomada de água para frente;
6. O projeto de Reforma Agrária ao longo dos canais da transposição configura como um “presente de grego”, porque as áreas não serão agricultáveis, formadas apenas por pedras, salvo pequenas manchas férteis;
7. O governo deveria dar prioridade à revitalização do rio e às propostas do “Atlas do Nordeste”, da Agência Nacional de Águas, que prevê aproximadamente 530 obras, que alcançariam 1.112 municípios acima de 5.000 habitantes, beneficiando 34 milhões de pessoas em nove estados do Nordeste e o norte de Minas Gerais;
8. O processo transcorrido não foi democrático e diversas questões pertinentes continuam obscuras. As críticas de especialistas não foram respondidas, foram desrespeitadas as decisões do Comitê de Bacia e o acordo com Dom Luiz Cappio ao encerrar a sua primeira greve de fome, em 2005;
9. A obra já sofre acusações de irregularidades, denunciadas pelo Tribunal de Contas da União, e existem indícios de corrupção, envolvendo, por exemplo, o caso da empreiteira Gautama;
10. Precisamos de outro modelo de desenvolvimento e de manejo da água, onde as populações mais pobres tenham peso político nas decisões, em vez das oligarquias, agronegócio ou hidronegócio.
Jornal dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – Ano XXV – Nº 274 – Julho de 2007
RESPOSTA DE DOM LUIZ CAPPIO A DOM ALDO PAGOTTO
1- Concordo que nossa vida a Deus pertence e não temos o direito de tirá-la. Exatamente porque a minha não me pertence e sim a Deus, pois a ele já a entreguei há muito tempo, é que a ofereço pela vida de muitos. Não a estou tirando, apenas jejuo e rezo, como é da tradição bíblica e cristã, por tempo indeterminado, disposto a ir até o fim. Primeiro, direcionado a Deus, Senhor da Vida e da História, como sacrifício, para que Ele se compadeça de nós e mude o coração de homens cegados pelo poder e pelo dinheiro. Segundo, direcionado aos governantes deste país, como legítima forma de ação de um cidadão, esgotadas e infrutíferas todas as tentativas anteriores de amplos setores da sociedade fazerem-se ouvir e respeitar. É um gesto pessoal, mas de significado coletivo.
2- Se conhece a minha vida, sabe que meu comportamento atual não é nada mais que coerência irreformável com toda a minha trajetória de franciscano, padre e bispo a serviço da defesa e promoção da vida. Isso quis expressar em meu lema de bispo "Para que todos tenham vida" (Jo 10,10).
3- A Santa Sé, através do Núncio Apostólico, de fato me "pediu" que não lançasse mão do recurso da greve de fome. Tratou-se de apenas um "pedido". Quanto à expressão "greve de fome", usei-a da outra vez porque mais conhecida e por seu significado político. Desta vez, prefiro que seja "jejum e oração permanentes".
4- Quanto ao projeto de transposição, o Sr. e outras lideranças esclarecidas que o defendem deveriam contar ao povo toda a verdade sobre esse projeto, suas reais finalidades, custos, mecanismos de cobrança pela água, traçados distantes dos sertões mais secos, interesses mercantis, etc, etc. Esse projeto não é solução, será mais problema. Continuar, a essa altura, insistindo no velho "discurso da seca", pregando um "populismo hídrico", a serviço da antiga "indústria da seca", agora moderno "hidronegócio", é um desserviço ao povo e uma perversão de nossa missão de pastores. O mérito aqui em questão não é técnico, é pastoral, pois "ovelhas" em risco cobram a solicitude do Bom Pastor. Foi assim que os bispos nordestinos, há quase 60 anos, com competência pastoral e apoio técnico, provocaram a criação da SUDENE.
5- O projeto de transposição não vai trazer verdadeiro desenvolvimento. A propaganda da irrigação no próprio Vale do São Francisco esconde a face dos danos sociais e ambientais e mesmo os sucessos econômicos são relativos, não é modelo a se propagar, precisa ser revisto urgentemente. Por que não fazem o mesmo empenho pelas 530 obras do Atlas Nordeste da ANA – Agência Nacional de Águas e pelas mais de 140 tecnologias da ASA e da EMBRAPA? Essas, sim, são soluções reais e bem mais baratas, resolvem o déficit humano de água nas cidades e promovem o desenvolvimento apropriado às diversidades rurais do semi-árido, sem ônus ao já tão sofrido povo nordestino e ao meio ambiente.
6- A voz do Espírito do Senhor sopra aonde quer (cf. Jo 3,8) e no clamor do povo ele exige que sejamos "simples como as pombas e espertos como as serpentes" (Mt 10,16).
+ Luiz Flávio Cappio
Sobradinho, 30 de novembro de 2007.
Festa de Santo André, mártir
NOTA CARTA DO PRESIDENTE DO COMITÊ PARAIBANO PELA INTEGRAÇÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO RIO SÃO FRANCISCO
Dom Aldo di Cillo Pagotto Arcebispo Metropolitano da Paraíba
Presidente do Comitê Paraibano pela Integração das Bacias Hidrográficas do Rio São Francisco
CARTA DE APOIO E SOLIDARIEDADE A DOM LUIZ CAPPIO (OFM)
Querido Dom Luiz Flávio Cappio,
Paz e Bem,
Somos uma fraternidade da Juventude Franciscana (JUFRA) e atuamos, desde 1990, no município de Santa Rita, Paraíba.
Santa Rita é o município paraibano conhecido como “Terra dos canaviais”, “Rainha do Abacaxi” e “Cidade das Águas Minerais”. Mas, a serviço de quem estão esses bens? Estão a serviço do lucro dos latifundiários, ricos comerciantes e dos grandes exploradores do povo. Aos pobres, restam-nos apenas as águas poluídas pelos agrotóxicos derramados nas plantações de cana-de-açúcar e abacaxi, além de vir morar nas favelas, casos provocados pelo absurdo e impiedoso êxodo rural.
Mas, também somos um município da resistência de homens e mulheres de fé e de vida evangélica. Um município das Comunidades Eclesiais de Base e do Movimento Sem Terra, dos leigos/as articulados/as e das mulheres missionárias, dos pescadores/as e dos posseiros/as da Fazenda Tambauzinho, dos catadores/as de material reciclável e dos operários/as das indústrias de calçados... do “Povo Unido, jamais vencido!”
“Nós, jovens jufristas, cremos no amor que é a essência da vida, que se exprime de maneira vertical, no relacionamento com Deus, que colocamos acima de tudo e, de maneira horizontal, no relacionamento com os irmãos/ãs, de modo especial com os empobrecidos e oprimidos (1Jo 4, 20-21). Queremos viver este compromisso de vida no contexto da Igreja da América Latina e da realidade presente, com seus grandes desafios à fé cristã, guiados/as pela vida e pela mística que São Francisco de Assis viveu, no cumprimento de nossa missão de leigos/as da Igreja.”[3]
Por isso e por causa disso, viemos por meio desta simples carta, prestar nosso singelo “Apoio e Solidariedade a seu gesto profético”.
Nossas palavras são as mesmas de outro profeta, Pedro Casaldáliga: “Segundo o Bom Pastor, ser bom pastor é “dar a vida” pelo rebanho. Mas ninguém dá a vida, no dia do testemunho último, se antes não foi dando diariamente a vida. Porque não se trata de que nos tirem a vida. ‘Ninguém me tira a vida’, dizia Jesus. Trata-se de dá-la, livremente”.[4]
1. Desenvolver o espírito e a mística “francisclariana” do cuidado com a Criação;
2. Trabalhar a dimensão simbólica, lúdica e religiosa da água;
3. Lutar pela revitalização de todas as águas: rios, fontes, aqüíferos, lagos e mares;
4. Lutar contra o Agro-Hidro-negócio e o modelo de desenvolvimento concentrado nele;
5. Participar dos movimentos contra a privatização das águas, lutando para que a água seja considerada patrimônio e direito de todas as criaturas, e não seja tratada como uma mercadoria de compra e venda;
6. Valorizar e respeitar o saber e a cultura de comunidades tradicionais, povos indígenas, quilombolas, camponeses e grupos sócio-culturais minoritários;
7. Desenvolver uma cultura de cuidado e respeito à "Irmã e Mãe Terra";
8. Aprofundar a teologia franciscana da Criação;
9. Apoiar os trabalhadores/as rurais sem terra, os pequenos/as agricultores/as e a Agricultura Familiar e Ecológica;
10. Apoiar a luta contra a manipulação da vida pelos transgênicos e a defesa das sementes como patrimônio da humanidade;
11. Aprofundar o conceito de direito humano à alimentação e segurança alimentar;
“Esta é a vida que nós jovens da JUFRA, apesar de nossa fragilidade, queremos viver. Concluímos, reafirmando que cremos no Amor que vem de Deus, que está em nós, que está nos nossos irmãos/ãs, que está nas criaturas que nos rodeiam, e que nos conduz para uma visão otimista e esperançosa do mundo, da mulher e do homem, e da história. Guiados/as por Francisco e Clara de Assis, reafirmamos nossa vontade de seguir o caminho de Cristo. A ele, honra e glória pelos séculos. Amém!”[7]
Esperamos que o Bom Pastor, Jesus de Nazaré, nos envie, cada vez mais, pastores dispostos a negar os privilégios que os poderes político e econômico sempre estão prontos a lhes conceder.
Que o Bom Pastor comunique seu Espírito de liberdade e de serviço a muitos pastores da Igreja de nosso Nordeste, em especial, de nossa Paraíba.
Juventude Franciscana (JUFRA) – Fraternidade Irmão Sol com Irmã Lua
[1] Manifesto da Juventude Franciscana do Brasil, nº 9;
[2] Manifesto da Juventude Franciscana do Brasil, nº 18;
[3] Manifesto da Juventude Franciscana do Brasil, Introdução;
[4] CASALDÁLIGA, Pedro. Dar a vida pelas ovelhas, in Com Deus no meio do Povo;
[5] SINFRAJUPE significa Serviço Intra-Franciscano de Justiça, Paz e Ecologia; Esses compromissos são alguns de seus eixos de ação para o triênio 2007-2009;
[6] FFB significa Família Franciscana do Brasil;
[7] Manifesto da Juventude Franciscana do Brasil, Conclusão;
[8] Paraíba, Preto, Tibiri e Mumbaba são nomes de rios localizados no município de Santa Rita – PB;
FRASE DO MÊS DE DEZEMBRO
MEMÓRIA E CAMINHADA DE DEZEMBRO
Dia de Solidariedade com as Pessoas Presas por Causa da Paz;
*03/12 – Dia Internacional da Pessoa com Deficiência;
*08/12 – Iemanjá (Cultos Afro-brasileiros);
Nossa Senhora da Conceição;
Conclui o Concílio Vaticano II, 1965;
*09/12 – CPT e MST recebem prêmio Nobel Alternativo, Suécia, 1991;
*10/12 – Dia Universal dos Direitos Humanos;
Dia Internacional dos Povos Indígenas;
*11/12 – O MST recebe o Prêmio UNICEF “Educação e Participação”, 1995;
*12/12 – Nossa Senhora de Guadalupe, México;
*13/12 – Decretado o Ato Institucional nº 5 (AI 5), suspendendo as garantias constitucionais, fechando o Congresso e cassando os mandatos, 1968;Ordenação do Pe. Josenildo Francisco, 1996;
*16/12 – Assassinados Pedro Pomar e Ângelo Arroio, dirigentes comunistas, São Paulo, 1976;
*17/12 – Morre Simón Bolívar, Colômbia, 1830;
Cai o último reduto da Guerra do Contestado, Santa Catarina, 1915;
*17 e 18/12 – 1º Encontro Arquidiocesano da JUFRA, Santa Rita, PB, 2005;
*19/12 – Zapatistas tomam 38 aldeias no Estado de Chiapas, México, 1994;
*21/12 – Massacre de Santa Maria de Iquique, Chile, mata 3.600 mineiros em greve, 1907;
*22/12 – Assassinado Chico Mendes, líder dos seringueiros, Xapuri, Acre, 1988;
*25/12 – Natal de Jesus;
*26/12 – Nasce Mao Tse-tung, líder da Revolução Socialista, China, 1893;
*27/12 – Levante de 4 mil garimpeiros de Serra Pelada. A PM reage à bala: 133 são mortos na rodovia PA-150, Pará, 1987;
*29/12 – Dia Internacional da Biodiversidade;
*31/12 – Dia da Esperança;
ENCONTRO MUNICIPAL DE ARTICULAÇÃO DAS CEBs
O nosso “trem das CEBs” agora vai seguir viagem para a próxima “estação”, dessa vez para o Tibiri II, no dia 06/01/2008, no Centro de Apoio à Família (CAF), das 08:00hs as 12:00hs. A Articulação de Leigos e Leigas de Santa Rita ficou de organizar a próxima “estação”. Até o próximo encontro...
“E cada vagão que se une,
é sinal que as CEBs
vão sempre crescer...”
MISSA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
No último dia 20 de Novembro, entidades e pessoas empenhadas em manter viva a memória de Jesus Cristo, e de Zumbi dos Palmares, realizaram pela 13ª vez, a “Missa da Consciência Negra”. Numa alegre celebração afro, as CEBs de Santa Rita, somadas com os/as companheiros/as de Caminhada, se solidarizaram com a “Causa Afro-Brasileira”. Este ano tivemos a alegria de contar com a presença de Dom José Maria Pires (Arcebispo emérito da Arquidiocese da Paraíba), conhecido também como Dom Zumbi.
A Missa da Consciência Negra é um verdadeiro manifesto abolicionista de todas as escravidões; é um convite ao respeito à diversidade das manifestações religiosas e é uma homenagem aos nossos irmãos e irmãs vindos da África. Rememora o homem-Deus Jesus, que entregou sua vida, sua história, seu corpo e seu sangue, pela salvação da humanidade. Ele, assassinado numa cruz, depois de ter sido julgado em dois tribunais, o religioso e o político-militar, ressuscitou. A Missa foi um espetáculo de beleza e convocação aos “Novos Palmares”.
Está na hora de cantar o Quilombo que vem vindo: está na hora de celebrar a “Missa dos Quilombos”, em rebelde esperança, com todos “os Negros da África, os afro da América, os Negros do Mundo, na Aliança com todos os Pobres da Terra”.
Axé pra todos e todas!
CENTRO "DHECA" (DIREITOS HUMANOS, ECONÔMICOS, CULTURAIS E AMBIENTAIS) DOM OSCAR ROMERO
No dia 10 de Dezembro do ano 2000, Dia Universal dos Direitos Humanos, o Padre Severino e o 1º Grupo de Juristas Populares, que foram capacitadas pela Fundação Margarida Maria Alves, sensíveis ao descaso das autoridades para com o povo, se organizaram e abriram uma sede chamada Dom Oscar Romero: Bispo e defensor dos pobres.
O CDDH (Centro de Defesa dos Direitos Humanos) agora chamado DHECA (Direitos Humanos, Econômicos, Culturais e Ambientais), em Tibiri II, escolheu como padroeiro inspirador este grande homem que foi Dom Oscar Romero.
O Centro quer se inspirar aos sentimentos e a fé deste homem na defesa dos Direitos Humanos de todas as pessoas que moram nos bairros de Tibiri II, Marcos Moura, Heitel Santiago e outras comunidades que fazem parte da Paróquia de S. Pedro e S. Paulo.
O Centro quer ser:
1. Um serviço aberto a toda e qualquer pessoa sem distinção sócio-político-religioso, que se sinta violada em seus direitos;
2. Um apoio a toda e qualquer pessoa que se sinta desrespeitada e excluída da sociedade;
3. Um incentivo a não se calar diante das agressões a toda e qualquer pessoa e denunciar com coragem todo aquele que violar os Direitos Humanos.
Denúncias de violações dos Direitos Humanos?
Quer colaborar com esta causa?
Quer pesquisar ou conscientizar-se sobre os Direitos Humanos?
PROCURE-NOS!
Centro DHECA (Direitos Humanos, Econômicos,
Culturais e Ambientais) Dom Oscar Romero
Rua Cabaceiras, 172 – Tibiri II – Santa Rita – CEP: 58300-970
Fone: (83) 3217-1063
Horário de funcionamento: Segunda a sexta – Das 13:00hs as 17:00hs.
DIA UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
Invocaram-se então a liberdade, a igualdade e a fraternidade proclamadas pela Revolução Francesa (1789) e pela Declaração de Independência dos Estados Unidos da América do Norte (1777). Desde então os “Direitos Humanos” estão impressos em nossas Constituições e presentes em nossas tradições pátrias. Mas, nossa experiência nos foi mostrando que a compreensão desses direitos e a sua realização tiveram que passar pela experiência dolorosa do seu esquecimento sistemático e por uma luta corajosa para sua reivindicação.
Realmente, fomos descobrindo o que significa, em termos de escravidão e de miséria, a dependência econômica dos nossos povos ao capitalismo internacional.
EM BREVE
FRASE DO MÊS DE NOVEMBRO
(Proclamação insurrecional da Junta Tuitiva
MEMÓRIA E CAMINHADA DE NOVEMBRO
*04/11 – Rebelião contra os espanhóis liderada por Tupac Amaru, Peru, 1780;
*07/11 – Revolução Russa, 1917 (25 de outubro pelo antigo calendário russo);
*09/11 – Exército invade a Companhia Siderúrgica Nacional, e assassina três metalúrgicos, Volta Redonda, RJ, 1988;
*15/11 – Proclamação da República Brasileira, Rio de Janeiro, 1889;
*20/11 – Dia da Consciência Negra;
*22/11 – Celebrada a 1ª Missa dos Quilombos – Recife, PE, 1981. (Dom José Maria Pires, Dom Pedro Casaldáliga, Milton Nascimento e Pedro Tierra);
*24/11 – Dia do Rio;
*25/11 – Solenidade de Cristo Rei;
*27/11 – Nossa Senhora das Graças;
*28/11 – Nasce Friedrich Engels, filósofo alemão, 1820;
*29/11 – Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino;
*30/11 – Dia da Carta da Terra;