JUVENTUDE PELA PAZ NO FÓRUM SOCIAL MUNDIAL

“Se houver acesso igual aos bens do nosso chão, justiça e paz na terra, então se abraçarão.”

“Todo ser humano é pessoa, sujeito de direitos e deveres” João XXIII iniciava a encíclica Pace In Terris,


De inicio mais parecia coisa de cinema, muitos índios, varias pessoas de vários paises, grupos, entidades, em fim, um emaranhado de gente que aos poucos, através de pequenos gestos vai passando do imaginário para o real.

Em alguns momentos, senti a sensação de “bagunça” onde não se pode entender ou compreender todos os cantos, falas, risos etc. Lembro-me de um momento interessante em que estávamos no sol esperando pra nossa apresentação e era lida a mensagem de abertura do FSM em alemão, após ter sido lida em português e outros idiomas e chega um rapaz agitado e diz a mulher: manda alguém traduzir pro português por que este alemão esta falando pra grego... calmamente a moça explica a situação e ele sai cabisbaixo como se refletisse: O ÚNICO GREGO AQUI SOU EU! Esse momento me serviu de lição e procurei mais escutar e entender do que questionar ou já chegar cobrando. Ao fazer isso percebi que não estamos só, que somos uma multidão com os mesmos ideais e que apenas estamos divididos em “células” pois se vivêssemos sempre juntos a mudança não aconteceria.

Foi de grande importância o que aprendi e gostaria de destacar a palestra de Boff e Dom Cappio, que debateram claramente e em uma linguagem dura a respeito do caminho que estamos seguindo e que nos questiona: QUE MUNDO QUEREMOS DEIXAR A NOSSOS FILHOS?

Outro momento interessante foi a palestra do Ministro Tarso ao defender a política de revisão e benefícios a anistiados da ditadura e questionar aqueles que reclamam do dinheiro gasto hoje sem olhar pra trás para o que o Brasil gastou pra comprar maquinas de tortura e etc. aqui eu coloco um questionamento: Será que um dia todos os que sofrem hoje por uma policia que ainda tortura, maltrata e mata também serão ressarcidos? Será que o estado realmente tomou consciência de seu papel para com a sociedade?

Em seguida destaco o filme MATARAM IRMÃ DOROTHY, que é totalmente real e que ao mesmo tempo em que nos comove, nos questiona sobre o nosso sistema judiciário. É triste mais infelizmente o que prevalece é que QUEM TEM DINHEIRO NÃO VAI PRA CADEIA, que a Justiça não é cega, mais que faz vista grossa para algumas coisas.

Como JUPAZ, acredito que a experiência foi única e muito proveitosa. O encontro do grupo, a proximidade, a partilha, a formação e a participação no fórum foram essenciais para o crescimento da rede. Acredito que são passos como estes que torna o nosso grupo mais forte e faz com que realmente a JUSTIÇA E A PAZ aconteça de maneira séria e voltada àqueles que mais necessitam.

Volto deste fórum com mais energia e também com mais responsabilidade, a final: para que UM OUTRO MUNDO POSSIVEL aconteça a minha parte é fundamental, e daqui a 20 anos quero que os 50% que sonham com um mundo melhor prevaleça e pra isso fazer minha parte já é grande ajuda.

Abraço a todos (as) e valeu por tudo.


Texto: Kleyton (Balsas/MA)

Nenhum comentário: