Plataforma de temas para enfrentar a crise e debater com a sociedade

1. Garantia de emprego para todos. Impedir qualquer demissão. Intervenção nas empresas que despedirem e falirem. O governo deve apresentar um plano emergente de pleno emprego para todos os trabalhadores.

2. Redução da jornada de trabalho, sem redução do salário. Valorização do salário mínimo.

3. Nenhum direito social a menos. Garantia de todos os direitos conquistados na Constituição.

4. Zerar o superávit primário. Poucos países ainda praticam essa política orientada pelo FMI. Devemos usar esses 200 bilhões de reais do superávit primário, que é dinheiro público originário de impostos, para os programas sociais prioritários que resolvam os problemas da população brasileira de emprego, educação e moradia.

5. Defesa de um programa massivo de Reforma Agrária, para resolver os problemas dos acampamentos, estancar o êxodo rural e o desemprego no campo. Assim como medidas de apoio à agricultura familiar e camponesa para ampliação da produção de alimentos sadios.

6. Reduzir as Taxa de juros aos padrões internacionais. Os países ricos estão praticando taxas de juros negativas ou no máximo até dois por cento ao ano. Essa deveria ser a taxa também no Brasil, praticada pelo Banco Central (taxa SELIC), para os consumidores, indústria e comércio, que hoje estão pagando em media em 48% ao ano e são as mais altas taxas de juros do mundo.

7. Estatização do sistema financeiro (como já defenderam os próprios presidentes Sarkozy, Lula, e os principais economistas do mundo).

8. Implementar um programa em defesa do meio ambiente e da vida das pessoas, nos mais diferentes aspectos da sociedade. Manutenção do atual código florestal, que os ruralistas querem mudar para depredar ainda mais a natureza. Controlar a qualidade dos alimentos impedindo uso de agrotóxicos pelo agronegócio e empresas transnacionais. Aplicar a lei que determina a identificação de alimentos com transgênicos. Controle do gás carbônico nas cidades.

9. Recuperação da soberania brasileira e popular sobre empresas estratégicas, de energia, minérios, etc. como a Petrobras, Embraer e Vale.

10. Romper com os organismos internacionais que são os aplicadores das políticas neoliberais que nos levaram à crise, como FMI, banco Mundial e OMC. E se articular com outros governos para construir uma nova moeda internacional que regule os intercâmbios financeiros e comerciais entre os países, evitando o uso do dólar, que é o principal mecanismo dos Estados Unidos de espoliação do mundo. Apoiar os países da Alba (Aliança Bolivariana para as Américas) que estão construindo a nova moeda do Sucre. E apoio aos acordos bilaterais do Brasil com a China e Argentina para uso de nossas moedas nacionais no intercâmbio comercial.


Fonte: www.mst.org.br

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