Em Defesa da Terra, das Águas e dos Povos do Nordeste

No último dia 30 de novembro, em Campina Grande (PB), foi realizado um Ato Público em defesa das águas do Nordeste. O evento aconteceu na Praça da Bandeira, a partir das 15h, com mais de 200 pessoas. O Ato, que pretendeu evidenciar e debater a problemática da água na região. Organizações sociais de cinco estados nordestinos (Ceará, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Bahia) divulgaram informações alarmantes sobre o assunto.

Apesar do semiárido brasileiro ser o mais chuvoso do mundo e de ter cerca de 37 bilhões de metros cúbicos de água acumulado em 70 mil açudes, poucas são as pessoas que têm acesso a esse bem. No Atlas do Nordeste da Agência Nacional das Águas (ANA), que deve ter a segunda versão lançada ainda esse ano, dos 1892 municípios nordestinos estudados, 1378 apresentam realidade crítica em relação ao acesso à água.

Diante dessas informações, e dos discursos contraditórios das autoridades e do governo brasileiro, tem crescido nos estados receptores (Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará) das águas da Transposição do rio São Francisco, opiniões críticas em relação ao Projeto.

Articulações como a Frente Paraibana em Defesa da Terra, das Águas e dos Povos do Nordeste e a Frente Cearense por uma Nova Cultura da Água e contra a Transposição, são algumas delas e estiveram presentes no ato na Praça da Bandeira.

Durante a atividade, grupos culturais fizeram apresentações e divulgaram informações sobre como as obras estão impactando as comunidades por onde passarão os dois canais da Transposição.

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