PADRE EZEQUIEL RAMIN: UMA VIDA DOADA AOS POBRES!


“A morte do Padre Ezequiel foi um acontecimento marcadamente doloroso. Entretanto, aos olhos da fé é um acontecimento que trouxe muito proveito para a vida da diocese, da Igreja e do povo cristão”.

A frase de dom Antonio Possamai, bispo da diocese de Ji-Paraná, por ocasião da celebração dos 10 anos da morte do Pe. Ezequiel (em 1995) nos ajuda a entender a dimensão e o significado do seu martírio. Ele está vivo na memória do povo de nossas comunidades, movimentos populares e em todos aqueles que lutam para que a justiça do Reino aconteça no meio de nós.

É com muito carinho e alegria imensa que queremos fazer memória da morte e ressurreição de pe. Ezequiel, assassinado no dia 24 de julho de 1985, na fazenda Catuva, em Cacoal – Rondônia.

Ezequiel Ramin nasceu em Pádua, Itália, em 1953. Foi ordenado sacerdote em 1980 e, depois de um trabalho na Comunidade de Nápoles, Sul da Itália, foi destinado ao Brasil em 1983. Aqui chegando, após um período de inculturação, foi trabalhar na Paróquia da Sagrada Família em Cacoal, Rondônia.

No Brasil, viveu os desafios lançados a todo missionário: servir o povo e, principalmente, ficar ao lado dele no momento da incerteza, das pressões e das ameaças. Uma frase que ele escreveu poucos meses antes de morrer, manifesta o espírito que animava sua vida: “Estou caminhando com uma fé que cria, como no inverno, a primavera. Ao meu redor o povo morre, o latifúndio aumenta, os pobres são humilhados, a polícia mata, as reservas indígenas são invadidas... Com o inverno, eu também sinto que estou gerando primavera”.

Fonte: Missão Sem Fronteiras – Informativo dos Missionários Combonianos – Nº 5 – Julho/2005

Um comentário:

Unknown disse...

Apesar de ter nascido aqui em Pimenta Buneo/RO, cidade vizinha de Cacoal e ter crescido junto a memória de Padre Ezequiel, nunca havia visto uma foto de seu martírio que me chocasse tanto assim, percebo que há muitas coisa que eu não vi e ainda não vejo, mesmo estando aqui, no olho da guerra.