Sem Terra permanecem presos e conflitos intensificam na Paraíba



Na tarde de hoje (05/05), os dois Trabalhadores Rurais Sem Terra presos e torturados durante despejo ilegal ocorrido na madrugada do último sábado, foram transferidos para o Presídio Monte Santo em Campina Grande. A juíza Adriana Maranhão Silva, do Fórum de Poçinhos, decretou a prisão preventiva dos trabalhadores.

Na segunda-feira, os advogados do MST solicitaram a Juíza Adriana Maranhão a liberdade provisória dos Sem Terra, mas até o momento ela e nem a promotora da cidade se pronunciaram sobre o pedido.Agora os advogados estão entrando com o pedido de habes corpus.

As 150 famílias acampadas em frente à delegacia de Poçinhos, seguiram em marcha, no inicio da tarde de hoje, para a praça central da cidade. Policiais armados realizam constantes ameaças e intimidações aos Sem Terra mobilizados.

Em entrevista a imprensa o secretaria de Segurança e Defesa Social da Paraíba, Gustavo Ferraz Gominho, declarou que o despejo foi realizado dentro da legalidade e a PM “nada fez além de cumprir o seu dever”. Mas questionamos qual legalidade é está, que realiza despejo as três da madrugada do sábado, sem autorização judicial e realizando tortura sobre os trabalhadores que lutam por um pedaço de terra, no qual a mando da proprietária fogo é colocado sobre os barracos e tiros são lançados sobre a famílias. Será dever da PM torturar e violentar trabalhadores?

A Fazenda Cabeça de Boi, já foi declarada para fins de Reforma Agrária através do decreto presidencial de 4 de dezembro de 2008. Diferente do alegado pela proprietária, a fazenda não é reserva ambiental e segundo vistoria do Incra é totalmente improdutiva.


Fonte: MST na Paraíba

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