Comunidade internacional repudia golpe em Honduras

Presidentes de diversos países afirmaram que não reconhecerão outro governo que não o de Zelaya


Diante do golpe contra o presidente Manuel Zelaya e das perseguições ao funcionários diplomáticos no país, a comunidade internacional manifestou apoio ao presidente, rechaçando sua destituição. Presidentes de diversos países afirmaram que não reconhecerão outro governo que não o de Zelaya.

Até mesmo os Estados Unidos, ora acusados de patrocinarem o golpe, ora de demorarem a apoiar Zelaya, condenaram o golpe em Honduras. “Peço a todos os atores políticos e sociais em Honduras que respeitem as normas, o império da lei e os princípios da Carta Democrática das Américas”, afirmou em comunicado o presidente Barack Obama.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos, a Organização dos Estados Americanos e a Organização das Nações Unidas também expressaram repúdio ao golpe.

A CIDH defendeu a restauração da ordem democrática no país e condenou as prisões de diplomatas. Já a OEA divulgou nota em que exige o “imediato, seguro e incondicional retorno” de Zelaya ao cargo, declarando que não reconhecerá “nenhum governo que surja desta ruptura institucional”. A organização anuncia que tomará uma decisão sobre o caso na Assembléia Geral desta terça. A Organização das Nações Unidas também anunciou que tomará uma decisão sobre o caso hondurenho, em assembléia geral nesta segunda-feira.

No Brasil, o Itamaraty divulgou nota em que condena a “ação militar que resultou na retirada” do presidente hondurenho. “Ações militares desse tipo configuram atentado à democracia e não condizem com o desenvolvimento político da região”, disse a nota, que defendeu que Zelaya seja “imediata e incondicionalmente reposto em suas funções”.

O governo da Bolívia também emitiu comunicado em que defende a restituição do presidente e apóia as mobilizações populares no país. “Apoiamos o povo de Honduras para que resista neste momento em defesa de sua democracia e seu direito de participar e decidir soberanamente na construção de um melhor futuro para o país”, assinala a nota.

O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, também defendeu que o presidente de Honduras volte ao cargo. “Não aceitaremos outro presidente que nao seja Manuel Zelaya Rosales, eleito pelo povo hondurenho em eleições livres e democráticas”, afirmou Lugo em comunicado.

Na Nicarágua, os países pertencentes à Alternativa Bolivariana para as Américas – Venezuela, Equador, Nicarágua e Cuba – se reuniram com o presidente hondurenho.


Fonte: Jornal Brasil de Fato – www.brasildefato.com.br

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