"Quem são vocês? O povo unido outra vez!" – 8º Grito dos/as Excluídos/as em Santa Rita/PB

Na tarde desta segunda-feira (07 de setembro), pela 15ª vez em nível nacional, ecoou por todos os recantos deste nosso Brasil o “Grito dos Excluídos e Excluídas”. Em Santa Rita/PB, pelo 8º ano consecutivo, as comunidades, movimentos e organizações sociais e populares foram às ruas reunindo centenas de pessoas em Marcha Popular. Esse ano, os/as participantes refletiram o lema: “Vida em Primeiro Lugar – A Força da Transformação está na Organização Popular”, enfatizado a partir de 4 blocos na Marcha: 1) Crise e Trabalho; 2) Terra e Moradia; 3) Justiça e Direitos Humanos; 4) Ecologia e Saúde.

Na mística de abertura, foi refletida a realidade de sofrimento e exclusão que vive o povo brasileiro, onde adolescentes vestidos de preto caiam sobre um mapa do Brasil, coberto por jornais, e traziam cartazes com os males: Violência, Corrupção, Poluição ao Ambiente, Exploração da Vida Humana, Trabalho Escravo, Desemprego. Foi lido o poema "E agora José?", de Drummond, e cantou-se a música "Coração Civil", de Milton Nascimento, enquanto os/as adolescentes, em pé, rasgavam os jornais que cobriam o mapa, mostrando o lema do Grito de 2009. O 8º Grito dos/as Excluídos/as de Santa Rita-PB foi declarado aberto após os/as adolescentes distribuírem fitas coloridas, amarrando-as umas nas outras, formando uma corrente com todos/as os/as participantes,e após cantou-se o Hino Nacional Brasileiro, e a palavra de ordem: “Pátria Livre! Venceremos!”.

A Marcha Popular do Grito dos/as Excluídos/as prosseguiu num percurso diferente dos outros anos, percorrendo ruas dos bairros Alto das Populares, Santa Cruz e Centro. Nas paradas além de serem apresentadas denúncias, também os grupos anunciaram os sinais de esperança e luta no meio do povo, como: o trabalho do Centro Dom Oscar Romero, na luta pelos Direitos Humanos; o Grupo Viver e Vencer, na luta das mulheres; a Comunidade Popular, na luta pela moradia; o CECIF/CEFEC, na luta das crianças, adolescentes e jovens; o SINTICAL, na luta dos/as trabalhadores/as; a Cooperativa dos Catadores/as, na luta pela ecologia; a Assembleia Popular, na luta contra os altos preços da energia elétrica. Enfim, denúncia e anúncio misturados num mesmo grito pela Vida em primeiro lugar!

Durante todo o percurso, foram cantadas músicas da luta do povo, como também palavras de ordem e paródias, enfatizando a questão da Organização Popular, denunciando a crise e suas consequências para os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade. Dentre elas, o toré indígena "Pisa ligeiro, pisa ligeiro, que não pode com a formiga não assanha o formigueiro".

A Marcha Popular do 8º Grito dos/as Excluídos/as foi encerrada na praça principal da cidade, onde os/as participantes dançaram, cantaram, festejaram e se abraçaram, ao som de músicas que anima nossas consciência e nossa mística.

O Grito dos/as Excluídos/as não acabou no dia 07 de setembro. A marcha prossegue, em Assembleia Popular, na esperança das lutas da Classe Trabalhadora, do Povo Brasileiro, engrossando o Mutirão por um Projeto Popular para o Brasil.


Texto: Elson Matias
Fotos: Danielson Soares

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