GRITO DOS/AS EXCLUÍDOS/AS REÚNE 800 PESSOAS EM SANTA RITA/PB

Na tarde deste domingo (07 de setembro), pela 14ª vez em nível nacional, ecoou por todos os recantos deste nosso Brasil o “Grito dos Excluídos e Excluídas”. Em Santa Rita/PB, pelo 7º ano consecutivo, as CEBs, movimentos e organizações sociais e populares foram às ruas reunindo 800 pessoas em Marcha Popular. Esse ano, os/as participantes refletiram o lema: “Vida em Primeiro Lugar – Direitos e Participação Popular”, enfatizado a partir de 4 blocos na Marcha: 1) Ecologia e Saúde; 2) Educação e Cultura; 3) Trabalho e Terra; 4) Violência e Segurança;

Na mística de abertura, foi refletida a luta da Classe Trabalhadora contra a classe dominante. De um lado, Capital, Latifúndio, Monocultura, Estado e Mídia. Do outro, Estudante, Trabalhador Rural, Mulher, Menor e Operário. Na medida em que os poderosos avançavam com suas acusações, a classe trabalhadora recuava, mas logo respondia com as palavras de ordem denunciando as injustiças e lutando contra a criminalização dos movimentos sociais e da pobreza. O 7º Grito dos/as Excluídos/as de Santa Rita-PB foi declarado aberto quando, na mística, a Classe Trabalhadora derrotou a classe dominante, ao som do Hino Nacional Brasileiro, e com a palavra de ordem: “Pátria Livre! Venceremos!”.

A Marcha Popular do Grito dos/as Excluídos/as prosseguiu passando pelas principais ruas do Alto das Populares, reunindo camponeses, leigos/as da Igreja Católica, trabalhadores/as urbanos/as, padres, sindicalistas, educadores/as, freiras, crianças, estudantes, catadores/as de material reciclável, sem-terra, idosos/as, mulheres, sem-teto, ambientalistas, operários/as, jovens, artistas, juristas populares, desempregados/as... enfim, pessoas dos mais diversos segmentos sociais excluídos, que compõem a Classe Trabalhadora deste país.

Durante todo o percurso, foram cantadas músicas da luta do povo, como também palavras de ordem e paródias, enfatizando a questão da Defesa da Vida, dos Direitos sociais e da Participação Popular. Nas paradas, fizeram intervenções de agitação e propaganda em relação à criminalização dos movimentos sociais e da pobreza. Em frente à Energisa (distribuidora de energia da região) fazendo protestos em relação aos altos preços da energia elétrica – no último mês, o preço da energia sofreu aumento de 15,77% na Paraíba – e em frente ao Banco Bradesco (principal acionista da Vale), em relação à privatização da Vale do Rio Doce.

A Marcha Popular do 7º Grito dos/as Excluídos/as encerrou-se na praça principal da cidade, onde os/as participantes repudiaram a urbanização desenfreada das cidades, representada pelo não-plantio de três mudas de Nim (planta resistente à seca, originária da Índia), por falta de lugar para plantá-las. Mesmo assim, dançaram, cantaram, festejaram e se abraçaram, na esperança das lutas da Classe Trabalhadora, do Povo Brasileiro, engrossando o Mutirão por um Projeto Popular para o Brasil, que garanta os Direitos Sociais com Participação Popular, e onde a Vida esteja em primeiríssimo lugar.


Texto: Elson Matias – Fotos: Carmem Dolores e Danielson Lima.

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